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DA INFâNCIA à TERCEIRA IDADE: CINCO ATUAçõES DA FONOAUDIOLOGIA

Geralmente conhecida por seus cuidados com a voz, a fonoaudiologia atua com diversos aspectos do desenvolvimento humano, envolvendo o conhecimento da estrutura neurológica e de cabeça e pescoço para a condução de atividades funcionais que devolvam ou potencializem o sistema comunicacional do indivíduo. 

“Do recém-nascido ao idoso, a fonoaudiologia compreende departamentos como o de motricidade orofacial, linguagem, neuro-aprendizagem e audição, somando em processos diagnósticos e tratamentos especializados, com grande ganho para a qualidade de vida dos assistidos”, declara Irene Marchesan, uma das principais referências da área no Brasil e no exterior, com mais de 40 anos de atividades.

Com a ajuda da profissional, listamos algumas das atribuições da fonoaudiologia no atendimento da população em todas as fases da vida: 

  1. No nascimento
    Já no primeiro dia de vida do bebê a fonoaudiologia está presente para a avaliação tanto da audição, realizando o teste da orelhinha, quanto da avaliação do frênulo da língua, que identifica precocemente a língua presa. Neste último exemplo, a identificação permite a rápida correção do problema com apenas um corte do frênulo, que pode ser feito ainda na maternidade. Além de favorecer a amamentação, o tratamento permite o correto desenvolvimento da fala ao longo de toda a vida. 
  1. Na infância
    Em um momento crucial do desenvolvimento da fala, leitura e escrita,podem ocorrer distúrbios causados tanto pelo desenvolvimento neurológico quanto estrutural da face, incluindo aspectos comuns em doenças como autismo, Síndrome de Asperger, dislexia ou dislalia, que dificultam a comunicação, socialização e aprendizagem da criança. Em todos esses processos a Fonoaudiologia tem papel fundamental para o diagnóstico e tratamento, incluindo a parceria com as escolas e seus educadores, assim como outras especialidades médicas. 
  1. Na adolescência
    A adolescência é a fase de grandes transformações no corpo, que também se estendem à fala. Neste período é comum a mudança vocal, que em alguns casos, especialmente com meninos, pode ser trabalhada para a melhor condução de seus relacionamentos interpessoais. Ainda nesta etapa é comum a necessidade de correções ortodônticas, em que a fonoterapia pode somar com atividades respiratórias e vocais. 
  1. Na vida adulta e profissional
    Embora a voz seja um elemento importante de apresentação de todo indivíduo, em algumas áreas ou atividades profissionais ela é ainda mais exigida, como no caso de professores, cantores, palestrantes ou simplesmente pessoas que tenham a demanda de se apresentar em público com frequência, como executivos. Aspectos como gagueira, rouquidão, entonação, entre outros, são analisados e trabalhados pelo fonoaudiólogo para a obtenção de maior clareza, fluidez e segurança no processo de comunicação profissional. Ela ainda atua para o correto uso do aparelho fonador, a fim de preservar a estrutura das pregas vocais. 
  1. Na terceira idade
    Em meio a diversos processos degenerativos comuns nessa faixa etária, os fonoaudiólogos atuam direta e indiretamente no suporte de tratamento de doenças que afetam a audição (surdez), bem como a fala e deglutição. Câncer de cabeça e pescoço, mal de Parkinson, AVC (derrame), entre outras, tendem a deixar sequelas que afetam não apenas a fala, mas todo o processo de ingestão de alimentos, que se não tratados comprometem outras funções do idoso com sequelas graves. Em todas essas condições o tratamento fonoaudiológico tem como papel melhorar a qualidade de vida desses indivíduos, recuperando autonomia, sociabilidade e a saúde como um todo.

 

Não à toa, a atuação dos fonoaudiólogos vem sendo cada vez mais reconhecida e inserida às propostas de tratamento multidisciplinar em apoio a médicos em hospitais, clínicas, bem como em escolas e empresas.

 


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